Com a ampla intensificação ao combate à dengue, a Secretaria da Saúde (SES), por meio da Divisão de Zoonoses, removeu 120.460 kg de criadouros do mosquito Aedes aegypti nos meses de janeiro e fevereiro. No mesmo período, 50.712 imóveis foram visitados ao redor de casos positivos de dengue. Os trabalhos são realizados todos os dias, de segunda a domingo.
De acordo com a Zoonoses, apesar do trabalho de “arrastão” com três caminhões na retirada de criadouros (recipientes que acumulam água), o setor percebeu que há uma reposição rápida de recipientes nos bairros Parque São Bento, Nova Sorocaba e, também, em alguns pontos das regiões Norte e Oeste. “Frequentemente fazemos as atividades de arrastão nestes locais e dias depois já vemos, novamente, as áreas com materiais que podem se tornar criadouros do mosquito. Precisamos da consciência e colaboração da população para que o mosquito não ganhe essa guerra”, alerta a coordenadora da Zoonoses, Thais Buti.
Dos mais de 50 mil imóveis visitados, 5.744 receberam nebulização e 14.584 precisaram da aplicação de larvicida, um produto que mata a larva do mosquito. Outros 5.454 criadouros foram tratados, no momento da visita, com sabão em pó ou detergente, que são produtos alternativos para matar as larvas do mosquito.
Durante as vistorias deste ano, 1.364 recipientes foram encontrados com larvas de mosquitos nos imóveis dos munícipes. Outros 7.430 recipientes estavam com água parada e poderiam servir de criadouro para o mosquito da dengue.
Situação preocupante e falta de conscientização
Ainda segundo a Zoonoses, 23 imóveis com larvas de mosquito foram identificados no entorno de casos positivos de dengue no Wanel Ville. Outros 41 imóveis com larvas do mosquito foram encontrados nas redondezas de casos positivos da doença no Nova Sorocaba. Já no Jardim Califórnia, 22 casas tinham larvas, além de 25 residências no Ipiranga e 41 moradias na Vila Helena.
De acordo com Thais Buti, a situação é preocupante e falta conscientização. “Encontramos muitas larvas em residências de pessoas que já estavam com a doença. Mesmo a pessoa sabendo da confirmação da dengue, os criadouros com larvas continuam em sua casa. Essa situação só ajuda na infestação da dengue em toda a cidade”, ressalta.