Laísa Dall Agnol, FOLHAPRESS
Servidores voltaram a lotar os corredores e arredores da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) nesta terça-feira (3) contra a reforma da Previdência de São Paulo e a Tropa de Choque da Polícia Militar foi chamada para o local.
A maioria dos servidores se concentrou no corredor que dá acesso à entrada para a galeria do plenário, onde o público acompanha as sessões. Houve empurra-empurra e gritos de "invade" e "abre".
A Polícia Militar, como é o procedimento padrão, controlava a entrada de pessoas.
A Tropa de Choque foi chamada e se posicionava nos corredores da Assembleia até a conclusão deste texto.
Mais cedo, manifestantes chegaram a quebrar a porta de vidro da entrada principal da Alesp.
Os gritos e protestos também eram ouvidos dentro do plenário. Enquanto deputados discursavam, o público presente gritava palavras de ordem contra a reforma da Previdência.
Sessão extraordinária O horário da sessão, anunciado na segunda-feira (2), provocou indignação de deputados e servidores. A expectativa era de que o expediente começasse apenas à tarde ou à noite, como ocorre normalmente.
Parlamentares ouvidos pelo Agora disseram que a decisão sobre as extraordinárias do dia ocorre no colégio de líderes, realizado às terças-feiras. Segundo eles, como já havia sido deliberado antes do Carnaval que a votação ocorreria nesta terça, a discussão pelas lideranças não é necessária.
Em nota, a Comunicação da Alesp afirmou que, de acordo com o regimento interno da Casa, é prerrogativa do presidente convocar sessões extraordinárias, o que foi feito "publicamente em plenário na tarde de segunda-feira (2)".
"O presidente Cauê Macris informa que não houve qualquer antecipação da votação do segundo turno da reforma da Previdência paulista, uma vez que a sessão extraordinária sequer havia sido marcada. As portas da Assembleia Legislativa estarão abertas normalmente - como sempre ocorreu - para receber o público que queira acompanhar a sessão, convocada para esta terça-feira às 9h15."