Matheus Teixeira, da Folhapress
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) lançou um edital nesta segunda-feira (22) a fim de estabelecer parcerias com empresas que desenvolvam um sistema de votação online que possa ser usado pelo celular e sem sair de casa.
A tecnologia será testada na eleição deste ano, mas com candidatos fictícios e em 2020 o voto seguirá na urna eletrônica.
A ideia do tribunal é que alguns colégios eleitorais de Curitiba (PR), Valparaíso de Goiás (GO) e São Paulo tenham estandes para testar a nova ferramenta no primeiro turno, em 15 de novembro.
O objetivo da corte eleitoral é buscar formas de reduzir o contingente de abstenções e de diminuir o custo para realização das eleições. As parcerias serão gratuitas.
As empresas interessadas deverão manifestar interesse ao tribunal entre 28 de setembro e 1º de outubro. Depois, haverá uma série de reuniões com técnicos da corte para elaboração da ferramenta.
No dia do pleito, as demonstrações serão monitoradas pela Justiça Eleitoral e contarão com a participação de eleitores selecionados, que votarão em candidatos fictícios.
De acordo com o TSE, "só serão avaliadas as sugestões que agreguem segurança ao processo eleitoral, em especial no que diz respeito ao sigilo do voto".
A iniciativa faz parte do projeto "Eleições do Futuro" lançado pela corte eleitoral. O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, afirma que a intenção é encontrar uma forma mais moderna e barata para o processo de votação.
As ideias serão transmitidas aos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, próximos presidentes do TSE e responsáveis por organizar as eleições nacionais de 2022.
"As urnas eletrônicas se revelaram até agora uma excelente solução, mas elas têm um custo elevado e exigem reposição periódica", ressalta Barroso.
O tribunal também exigiu das empresas que desenvolvam um sistema que leve em consideração a desigualdade social e a dificuldade de acesso à internet de grande parte da população.