A penitenciária de Capela do Alto registrou nessa semana um surto de detentos diagnosticados com a covid-19. Por conta da situação, pavilhões da unidade prisional tiveram de ser isolados.
Conforme a Secretaria da Administração Penitenciária, 24 presos testaram positivos em 26 testes realizados entre os dias 29/01 e 01/02. Outros 88 detentos estão com suspeita sem confirmação da doença. Nenhum funcionário foi diagnosticado com a doença. Os pavilhões 1, 3, 4 e 7 da Penitenciária de Capela do Alto foram isolados e a visita foi suspensa, como medidas preventivas contra o covid-19.
Desde o início da pandemia 11.785 presos testaram positivo no Estado, sendo que 35 morreram (0,30% de taxa de letalidade) e 11.666 já se recuperaram (98,70%). Já em relação aos servidores, 2.569 testaram positivo, sendo que 36 faleceram (1,40% de taxa de letalidade) e 2.477 já se recuperaram (95,09%).
A SAP relata que "atua diuturnamente na atenção à saúde dos presos, o que passou a ser intensificado durante a pandemia do novo coronavírus. A pasta distribuiu cerca de 3,4 milhões de máscaras, entre outros Equipamentos de Proteção Individual, além de ampliação na distribuição de produtos de higiene, tanto para limpeza das celas quanto para uso pessoal. Todos os custodiados foram e continuam sendo orientados sobre o uso correto de máscaras de proteção, tanto verbalmente como por meio da afixação de cartazes e distribuição de panfletos. A taxa de letalidade pela COVID-19 entre os presos está em 0,3% dos casos, muito menor do que a população externa ao presídio, o que demonstra a efetividade das medidas adotadas".
O caso de surto foi denunciado pelo Sifuspesp (Sindicado dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo). “O crescimento do número de casos de Covid-19 nas unidades coincide com a ´segunda onda´ extra muros, onde todas as regiões paulistas regrediram para laranja ou vermelho nas fases do plano de enfrentamento à pandemia. Mas a SAP e o governo estadual continuam irresponsáveis, mantendo as visitas liberadas em todo o sistema prisional”, critica Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, presidente do sindicato.