O presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde, Milton Sanches, usou a Tribuna da Câmara Municipal de Sorocaba, durante a sessão ordinária desta quinta-feira (12), para tratar da situação dos trabalhadores da APGP (Associação Paulista de Gestão Pública), entidade gestora dos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), que estão greve devido ao atraso no pagamento de salários. Os trabalhadores também estão sem cesta básica e vale-transporte.
“Todos os meses, os trabalhadores dessa empresa recebem atrasado, porque o pagamento à empresa é feito por meio de indenização. Há dinheiro para pagar, mas o problema é a burocracia da documentação entre a empresa e a Prefeitura”, afirmou Sanches, que usou a tribuna a pedido do vereador Francisco França (PT), com a anuência do plenário, e solicitou o apoio da Comissão de Saúde da Câmara para resolver o problema dos trabalhadores dos CAPS, que, conforme lembrou, perdura há um ano.
O vereador Engenheiro Martinez (PSDB), líder do governo, esclareceu que o problema vem da gestão anterior e que a prefeita Jaqueline Coutinho não tem nenhuma culpa pelo atraso do pagamento. Martinez explicou que não há contrato com a empresa, por isso, não era possível pagá-la, mas que a prefeita está trabalhando para resolver a situação.
Corroborando Martinez, o vereador Irineu Toledo (PRB) explicou que a Prefeitura aguardava um parecer jurídico para ver se seria possível usar a Fonte 5 para pagar a empresa e, agora, houve parecer favorável nesse sentido. Por sua vez, Martinez disse que a Prefeitura está aguardando parecer do Ministério Público sobre o caso.
Já o vereador Renan Santos (PCdoB) enfatizou que as empresas terceirizadas precisam ter um caixa de reserva para atuar no setor público e disse que, do ponto de vista técnico e de caixa, a referida empresa não tem condições de atuar como prestadora de serviços públicos.