07 de Setembro de 2024
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Ramagem nega ação para ajudar Flávio Bolsonaro e atrela operação da PF a eleição no Rio

Foto: Agência Brasil
Postado em: 12/07/2024

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FABIO SERAPIÃO E MARIANA BRASIL - FOLHAPRESS

 

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL), ex-diretor da Abin (Agência de Inteligência Brasileira), se manifestou pela primeira vez nesta sexta-feira (12) sobre as investigações da Polícia Federal que prenderam servidores do seu mandato por espionagem indevida, a chamada "Abin paralela", e negou ter atuado para ajudar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso da rachadinha.

Nas investigações, a PF citou um áudio, com metadados de 2020, "possivelmente gravado" por Ramagem, em conversa com Bolsonaro e o ministro Augusto Heleno sobre o caso das "rachadinhas" do senador Flávio Bolsonaro.

"Não há interferência ou influência em processo vinculado ao senador Flávio Bolsonaro. A demanda se resolveu exclusivamente em instância judicial", diz o deputado na publicação no X (antigo Twitter).

O caso das "rachadinhas" abordava o possível desvio de parte dos salários dos funcionários do gabinete de Flávio, quando deputado estadual no Rio.

A investigação afirma que, no áudio de uma hora e oito minutos, Ramagem sugere a instauração de um procedimento administrativo contra os auditores para anular a investigação das rachadinhas, bem como retirar alguns servidores de seus respectivos cargos.

"Houve finalmente indicação de que serei ouvido na PF, a fim de buscar instrução devida e desconstrução de toda e qualquer narrativa", diz ainda na publicação.

Ramagem também afirmou que "fica claro" que a PF despreza os "fins de uma investigação" com o objetivo de "levar à imprensa ilações e rasas conjecturas."

"No Brasil, nunca será fácil uma pré-campanha da nossa oposição. Continuamos no objetivo de legitimamente mudar para melhor a cidade do Rio de Janeiro".

O relatório da investigação diz que Ramagem tinha "domínio do fato" das medidas realizadas com recursos humanos e materiais da agência. O questionamento das urnas eletrônicas, de acordo com a PF, era prática reiterada nas "ações de desinteligência" do grupo suspeito.

Na quinta-feira (11), a polícia deu início à quarta fase da Operação Última Milha, que prendeu agentes que trabalhavam diretamente para Ramagem.

Foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), contra Mateus de Carvalho Spósito, Richards Pozzer, Marcelo Araújo Bormevet, Giancarlo Gomes Rodrigues e Rogério Beraldo de Almeida. José Matheus Sales Gomes e Daniel Ribeiro Lemos foram alvos apenas de mandados de busca.

 

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