FOLHAPRESS
A Secretaria de Estado da Saúde confirmou neste domingo (12) o primeiro caso importado da variante ômicron do novo coronavírus no interior. A infectada é uma mulher de 40 anos, moradora de Limeira (a 148 km da capital), e que viajou para a África do Sul e para a França em novembro.
Segundo a secretaria, a mulher tem esquema vacinal completo e relatou sintomas leves, como dor de cabeça, tosse e secreção nasal. "Está sob monitoramento da Vigilância Municipal de Limeira e em isolamento domiciliar, sem contato com o marido e o filho, que já tiveram resultado negativo para exame de PCR", diz a secretaria.
O diagnóstico positivo para Covid-19 saiu no dia 3 de dezembro e a amostra foi submetida a sequenciamento genético pelo Instituto Adolfo Lutz.
É o quinto caso de ômicron confirmado no estado de São Paulo. Todos os pacientes infectados tinham vacinação completa e apresentaram sintomas leves ou ficaram assintomáticos.
O quarto caso da variante ômicron foi confirmado no sábado (11). O infectado é um homem de 67 anos, morador da capital, que não viajou para o exterior, ao contrário dos outros casos.
Segundo o governo João Doria (PSDB), os casos são acompanhados individualmente pelas equipes municipais de saúde e, em caso de agravamento, monitorados pela vigilância estadual.
A penúltima confirmação importada ocorreu no dia 1° e refere-se a um homem de 29 anos, testado ao desembarcar no Brasil no aeroporto de Guarulhos, cidade onde seguiu monitorado pela Vigilância municipal.
Os outros dois são um casal de missionários, um homem de 41 anos e uma mulher de 37. Eles desembarcaram em Guarulhos, no último dia 23, vindo da África do Sul. Ambos foram a um laboratório do terminal do aeroporto e testaram positivo para a Covid.
Segundo o governo de São Paulo, os cinco casos de ômicron identificados no estado até o momento mostram que a manifestação branda da Covid-19 pode estar associada ao fato de que todos haviam concluído o esquema vacinal.
"Em todo o estado, 3,4 milhões de faltosos ainda não receberam a segunda dose e, por isso, podem estar mais vulneráveis à Covid-19, uma vez que apenas a conclusão do esquema prevê proteção adequada", diz a Secretaria de Estado da Saúde.
O governo Jair Bolsonaro (PL) deve começar a cobrar nesta segunda-feira (13) o certificado de vacinação da Covid-19 de quem entra no Brasil por voos internacionais ou fronteira terrestre.
A regra foi imposta após decisão liminar (provisória) de Luís Roberto Barroso, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), concedida neste sábado (11), em ação apresentada pelo partido Rede Sustentabilidade.
Uma portaria do governo sobre o controle de fronteiras deve ser publicada nesta segunda. As regras passariam a valer a partir da divulgação do texto no DOU (Diário Oficial da União), segundo a assessoria de imprensa da Casa Civil.
RISCOS
A existência da nova cepa foi reportada à Organização Mundial da Saúde (OMS) no último dia 24 após o surgimento de casos na África do Sul. Desde então, houve a confirmação de infecções provocadas pela ômicron nos cinco continentes.
"Dadas as mutações que poderiam conferir a capacidade de escapar de uma resposta imune, e dar-lhe uma vantagem em termos de transmissibilidade, a probabilidade de que a ômicron se propague pelo mundo é elevada", afirmou a entidade no último dia 29.
No mesmo dia, ministros da Saúde de países do G7 alertaram que a variante requer ação urgente. "A comunidade internacional enfrenta a ameaça de uma nova variante altamente transmissível da Covid-19, que requer ação urgente", disseram os ministros em um comunicado conjunto.