As informações são da Folhapress
O mundo registrou 103.048 casos confirmados em laboratório de Mpox entre 1º de janeiro de 2022 e 31 de julho de 2024, afirmou a OMS (Organização Mundial de Saúde) em relatório divulgado esta semana. Ao todo, 121 países tiveram registros da doença até então e 229 mortes foram relatadas à OMS. A organização declarou, no mês passado, a Mpox como uma emergência de saúde pública global pela segunda vez em dois anos, após um surto da infecção viral na República Democrática do Congo que se espalhou para países vizinhos.
A Mpox é transmitida por contato e geralmente é leve, mas pode ser fatal em casos raros. Causa sintomas semelhantes aos da gripe e lesões cheias de pus no corpo. Em julho deste ano, o número de novos casos aumentou 11,3% em relação ao mês anterior. A maioria dos casos notificados no último mês foram na África (54,3%) e nas Américas (23,1%).
O Brasil é o segundo país com mais casos. Dentre os dez países mais afetados desde 2022 estão Estados Unidos (33.556), Brasil (11.841), Espanha (8.104), República Democrática do Congo (4.395), França (4.283), Colômbia (4.256), México (4.132), Reino Unido (4.018), Peru (3.939) e Alemanha (3.886). Juntos, esses países respondem por 80% do casos relatados globalmente.
Cinco países, no entanto, registraram seus primeiros casos em agosto: Burundi, Costa do Marfim, Quênia, Ruanda e Uganda. Os dados são coletados por meio de relatórios dos estados-membros à OMS e seus parceiros ou de fontes oficiais dos países. O pior momento da doença em termos de casos permanece em 2022. Naquele ano, uma cepa do clado 2 foi a responsável pelo surto mundial.
Por enquanto, não existem casos associados à nova cepa no Brasil, mas ao menos dois já foram observados fora da África, na Suécia e na Tailândia. Mesmo assim, autoridades de saúde pública brasileiras já anunciaram medidas contra a doença, como a compra de novas doses de vacina, algo que difere do ocorrido em 2022. O Brasil contabilizou 1.015 casos comprovados ou prováveis de Mpox em 2024 até o dia 7 de setembro, de acordo com o informe semanal do Ministério da Saúde. São Paulo tem mais da metade dos casos.
Existem dois grandes clados (grupos) do vírus identificados até agora. Na epidemia de 2022, o clado 2 se disseminou pela Europa e região das Américas. Menos agressivo, promovia uma doença mais leve. O clado 1, que não levou a essa epidemia, ficou restrito à República Democrática do Congo (RDC), na África. Este tipo se mostrou mais agressivo, com maior mortalidade. Atualmente, há uma variante desse vírus chamada clado 1b.