Lívia Marra, FOLHAPRESS
Manchinha, a cadela que morreu após ser agredida em uma unidade do Carrefour em Osasco, na Grande São Paulo, será nome do primeiro Hospital Veterinário Público na cidade.
O local será aberto no próximo dia 23, como parte da programação pelos 57 anos de emancipação político-administrativa do município, segundo a prefeitura.
O hospital fica no Pet Parque e conta com sala de espera, dois consultórios, centro cirúrgico e um refeitório para funcionários. Será administrado pela Anclivepa (Associação de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais) e ficará vinculado ao Departamento de Fauna e Bem-Estar Animal, da Secretaria de Meio Ambiente.
De acordo com Luiz Wilson Oliveira Junior, diretor da Anclivepa, nesse primeiro momento serão feitos exames de clínica médica, clínica cirúrgica, exames de imagem, como ultrassom, e exames de sangue completo.
O atendimento será de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 17h. No dia da inauguração, o atendimento será feito a partir de senha e ordem de chegada. Na ocasião, o Pet Parque receberá food truck, pet day, pista de agility, entre outras atividades para os cãozinhos e seus donos.
O endereço é avenida Franz Voegeli, 930, Jardim Wilson.
MANCHINHA
A morte da cadela, no fim de novembro, provocou reações e levou o Carrefour a planejar iniciativas em prol da causa animal.
A prefeitura também foi criticada na ocasião, pela forma como agentes do Centro de Zoonoses capturaram Manchinha, que já estava ferida e muito assustada.
O caso também reacendeu a polêmica em torno da punição para mau-tratos contra animais. Após a morte, projetos aprovados na Câmara e no Senado elevam as punições -eles projetos ainda dependem de análise.
A vira-lata vivia na unidade do Carrefour de Osasco e era alimentada por funcionários. No dia 28 de novembro, foi ferida por um funcionário terceirizado, que disse ter sido orientado a retirar o animal da loja, mas que não tinha a intenção de machucá-la. Em depoimento, ele afirmou que só percebeu que a cadela estava ferida quando ela voltou sangrando.
Após investigação, o funcionário foi apontado pela polícia como responsável pela morte.