Jovem Pan News
Nesta quarta-feira (21), o Festival de Cinema de Roma teve como destaque uma declaração feita pelo Papa Francisco no documentário recém-lançado “Francesco”, que aborda temas caros ao pontífice. “Homossexuais têm o direito de ser parte de uma família. Eles são filhos de Deus e tem o direito a uma família, Ninguém deve ser expulso, ou se tornar miserável por causa disso. O que é preciso é criar uma lei de união civil. Assim, eles são protegidos legalmente. Eu apoio isso”, afirmou o chefe da Igreja Católica em uma das gravações.
O longa-metragem, dirigido pelo russo Evgeny Afineevsky, também mostra o depoimento de um casal homossexual italiano que foi encorajado pelo próprio Santo Padre a criar os seus filhos do ambiente da igreja. A fala do líder católico foi a primeira a confirmar o seu posicionamento sobre a união civil entre homossexuais. No passado, o Papa Francisco já havia demonstrado tolerância em relação aos homossexuais que, para ele, “não devem ser marginalizados, mas integrados à sociedade”. Em outra ocasião, ele disse: “Se uma pessoa é gay e procura o Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para a julgar?”.
A declaração feita para o documentário “Francesco” chama atenção por ser diferente da postura adotada pelos últimos Papas. Sob a liderança do Cardeal Joseph Ratzinger, que renunciou o papado em 2013, o Vaticano chegou a publicar um documento afirmando que o respeito pelos homossexuais não poderia levar “de nenhuma maneira à aprovação de comportamento homossexual ou reconhecimento legal das uniões homossexuais”.
*Com agências internacionais