Segundo os autores do trabalho, os pesquisadores Thales Vilela Lelo, pós-doutorando do Departamento de Comunicações e Artes (CCA) da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, e Lorena Caminhas, pós-doutoranda do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, a desinformação em relação a questões de gênero e sexualidade é amplamente difundida e busca reforçar valores morais conservadores de uma parcela da população brasileira.
Os pesquisadores também estudaram o contexto das disputas morais que viabilizam a crença nas notícias infundadas. “O potencial público visado por estas notícias falsas coaduna com uma cosmovisão conservantista, uma vez que tais textos visam acionar sensibilidades morais para um fim ideológico, isto é, a promoção de ideais reacionários, mobilizados discursivamente nas narrativas”, afirmam.