Brasil é o segundo país no ranking com 1,4 milhão de procedimentos De acordo com uma pesquisa divulgada pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) no início de novembro, houve um crescimento geral de 5% nos procedimentos cirúrgicos estéticos nos últimos 12 meses em todo o mundo.
Os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar no ranking, com 1,5 milhão de procedimentos cirúrgicos. O Brasil ficou na vice-liderança, com 1,4 milhão, seguido de Japão, México e Itália. Em 2017, o rejuvenescimento vaginal (incluindo a labioplastia) demonstrou o maior crescimento no número de procedimentos em relação a 2016, com um aumento de 23%, seguido por abdominoplastia, com 22%, gluteoplastia, que cresceu 17%, e rinoplastia, que subiu 11%.
Ainda segundo a pesquisa, as mulheres continuam impulsionando a demanda por procedimentos estéticos, sendo responsáveis por 86,4%, dos procedimentos em todo o mundo. As três intervenções mais populares entre o público feminino são o implante de mamas (prótese de silicone), a lipoaspiração e a blefaroplastia (correção de defeito palpebral).
Já os homens representaram 14,4% dos pacientes estéticos (um pequeno aumento em relação a 2016), com 3.183.351 procedimentos realizados mundialmente. As intervenções mais requisitadas são blefaroplastia, ginecomastia e rinoplastia. Globalização dos padrões de beleza Para o médico cirurgião plástico Rafael Moraes, é interessante perceber o crescimento contínuo da cirurgia plástica e dos procedimentos estéticos ao redor do mundo. “O brasileiro sempre esteve muito preocupado com a aparência e sabemos que a globalização dos padrões de beleza também é fator principal para o aumento das cirurgias plásticas”, relata.
Atualmente, com a velocidade na transmissão das informações e o aparecimento das redes sociais com suas tecnologias cada vez mais detalhistas e avançadas, os padrões de beleza passaram a seguir uma linha de extrema perfeição. “É uma verdadeira competição de quem posta a imagem mais bonita e as pessoas tentam atingir o que é considerado ideal nesse mundo: um corpo mais esbelto, uma mama de um tamanho mais adequado, um nariz com um formato mais simétrico, e assim por diante”, explica o médico.
O cirurgião orienta que ao optar pela cirurgia plástica, é fundamental saber os seus limites, valorizar as suas características físicas e ter moderação. “A harmonia de proporções sempre deve ser respeitada para que a beleza seja natural. Cirurgia plástica não é photoshop e a anatomia de cada pessoa tem que ser considerada”, cita. É importante ainda sempre consultar um cirurgião credenciado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica para tirar as dúvidas e fazer os exames pré-operatórios. “Acima de qualquer mudança estética deve estar a saúde, o bem-estar físico e emocional, além do respeito aos limites de cada um”, finaliza.