Tayguara Ribeiro, da Folhapress
Os entregadores de aplicativo farão uma nova paralisação neste sábado (25). A greve, que deverá ter ações em todo o Brasil, é a terceira realizada pela categoria que busca melhores condições de trabalho.
"São as mesmas reivindicações. A Justiça ficou de marcar uma nova data para mediação entre a categoria e as empresas, mas, enquanto isso, vamos realizar uma nova greve", diz Gilberto Almeida Santos, presidente licenciado do Sindicato dos Motoboys de São Paulo.
Segundo ele, a paralisação deve ser nacional, com a participação de vários segmentos da categoria. A organização do protesto tem ocorrido de forma descentralizada, pelas redes sociais. O sindicalista disse que ainda não é possível estimar qual vai ser a porcentagem de participação da categoria na paralisação.
Entre as principais reivindicações defendidas pela categoria estão o aumento do valor por entrega realizada, o aumento do valor pago por quilômetro rodado e o fim das punições de bloqueios e desligamentos e do sistema de pontuação e restrição dos locais de trabalho.
"Hoje é uma bagunça. As empresas de aplicativo não têm um valor estipulado por entrega realizada ou valor pago por quilômetro rodado", disse Santos, pouco antes da segunda paralisação realizada pela categoria. "Hoje ela paga um valor, amanhã paga outro. Há cerca de cinco anos, o quilômetro custava, em média, R$ 4,50. Hoje, estão pagando em algumas corridas menos de R$ 0,70 por quilômetro rodado."
Os motoboys pedem, também, o fornecimento de EPIs para sanitização e contratação de seguros de vida e contra acidente, roubo e furto de moto, além de licença remunerada para os contaminados pela Covid-19 no exercício do trabalho.