Para milhões de brasileiros, mais um feriado no calendário no dia 20 de novembro. A data a ser celebrada: Dia Nacional da Consciência Negra, no entanto deveria servir de reflexão à população e autoridades ao respeito ao ser humano que tem na cor da sua pele apenas uma diferença técnica como as publicações científicas explicam: “Pele negra tem melanossomas grandes, não-agregados, com número aumentado na camada basal e distribuídos por todas as camadas da epiderme. Pele branca tem melanossomas pequenos e agregados, alguns nas camadas basal e malpighiana, estando ausentes nas camadas superiores da epiderme”.
Todos os seres humanos são iguais, criados por Deus para serem suas testemunhas de amor e respeito. Atualmente convivemos com tantos casos de denúncias de preconceitos que além de serem atos abusivos, manifesta o quanto ainda vivemos em um mundo egoísta.
O absurdo do comportamento humano começa na infância, quando os pais não ensinam os seus filhos a respeitarem todas as pessoas sem que a nacionalidade, cor da pele, classe social e outras interpretações da sociedade, conduzam a criar preconceitos no comportamento das crianças.
O jornal Ipanema sempre tem combatido o preconceito com as suas publicações de alerta à população, fato que constato desde que comecei a escrever os meus artigos neste canal de comunicação há mais de 10 anos. São sementes de educação que orienta os leitores a buscarem nas suas vidas contribuir nas suas comunidades com mensagens de paz entre as pessoas. Hoje há nas redes sociais uma infinidade de publicações com foco na guerra de Israel e Faixa de Gaza. Trabalho escravo ainda existente no Brasil. Ausência de uma política de igualdade racial.
Exemplo da Natura
A empresa Natura fez uma ampla divulgação no seu site, que merece ser destacado neste artigo, pois envolveu a opinião de pessoas que sentem a importância da data para si e para a humanidade..
“ O Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, foi incluído oficialmente no calendário escolar em 2003, quando a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira virou lei. A origem da data carrega o mesmo motivo pelo qual, em 2011, um novo decreto a firmou também como Dia Nacional de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares e ícone da resistência negra no país. Zumbi morreu em 20 de novembro de 1695. Não se trata, porém, de um feriado nacional. Cada estado tem sua própria legislação.
A importância da celebração
Embora um único dia não faça jus à importância da discussão, o professor Juarez Tadeu de Paula Xavier, do Núcleo Negro da Universidade Estadual Paulista (Unesp), acha a data importante para o segmento.
É uma espécie de epicentro. “Durante todo o mês de novembro, ações voltadas para a consciência negra são feitas e há uma mudança significativa do quanto e como olhamos para a questão”. ”Antes, eram apenas esforços isolados de organizações negras”, afirma o professor.
Ainda que essa representatividade tenha ultrapassado os limites da periferia – até então único lugar de enfrentamento – e alcançado uma esfera cultural mais ampla, com grupos de liderança a disseminando em várias frentes, a violência contra a população negra a despeito dessas vitórias e conquistas continua ostensiva, pontua Xavier. Segundo a ONU, a cada 23 minutos, um jovem negro é morto no Brasil.
“É uma questão a ser observada. O que me parece que falta, além dos dispositivos políticos institucionais que temos hoje – e que, sim, mudaram a realidade –, é que essas ações sejam estimuladas e discutidas em conjunto pela sociedade”, diz ele. E pondera: “O enfrentamento ao racismo não é questão de preto, mas da sociedade brasileira. Superar a desigualdade social implica, necessariamente, na discussão sobre questões étnico-raciais.”.
Arte: VT
Vanderlei Testa Jornalista e Publicitário escreve no jornal Ipanema. Contato: (E-mail: artigovanderleitesta@gmail.com)