Isabela Palhares, FOLHAPRESS
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), prosseguirá internado sem previsão de alta para o tratamento de um câncer que se expandiu para o fígado e para os ossos, informou nesta quarta (21) sua equipe médica em entrevista coletiva no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A situação clínica é considerada estável.
O prefeito iniciou uma nova fase com tratamento quimioterápico na semana passada que necessitou também de complementação nutricional, feita por sonda no período de sono. Com o procedimento passou a acumular líquido no pulmão, o que necessitará ser drenado.
Segundo David Uip, que integra a equipe, Covas pretende manter a atividade profissional e continuar despachando do hospital.
Na sexta-feira (16), a equipe médica de Covas, 41, já havia comunicado que exames mostraram o surgimento de novos focos de câncer no fígado e ossos. Ele foi internado para tratamento com quimioterapia e imunoterapia.
O câncer do prefeito originou-se na cárdia, uma válvula no trato digestivo, e depois afetou também o fígado. Ele iniciou tratamento ainda em 2019 e evita, desde então, afastar-se de suas funções na prefeitura, limitando suas licenças médicas. No ano passado, ele foi reeleito para mais quatro anos de mandato.
Entre outubro de 2019 e fevereiro último, o prefeito fez oito sessões de quimioterapia. As lesões cancerígenas regrediram, mas não desapareceram por completo.
Em fevereiro, um novo nódulo no fígado foi descoberto. Na ocasião, a equipe médica disse que o câncer no sistema digestivo que ele trata desde 2019 conseguiu "ganhar terreno", mas que ainda era menor do que o primeiro encontrado há dois anos atrás.