Julia Chaib, FOLHAPRESS
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou nesta quinta-feira (26) ter chamado o novo coronavírus de "gripezinha" e disse que não há "vídeo ou "áudio" dele "falando dessa forma", embora tenha se referido à doença assim em ao menos duas ocasiões.
Em março, durante um pronunciamento à nação em cadeia de rádio e TV, o mandatário referiu-se ao vírus como um "resfriadinho".
"No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho", afirmou o Bolsonaro no discurso.
Antes, durante uma entrevista á imprensa, o presidente já havia se referido à Covid-19 desta forma.
"Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar", disse ainda em março após ser questionado por jornalistas repetiria um exame para coronavírus. Ele havia feito um teste que deu negativo.
Nesta quinta, durante transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente negou ter falado sobre a doença nesses termos.
"Falei lá atrás que, no meu caso, pelo meu passado de atleta – eu não generalizei – se pegasse o Covid, não sentiria quase nada. Foi o que eu falei. Então, o pessoal da mídia, a grande mídia, falando que eu chamei de ´gripezinha´ a questão do Covid", disse.
"Não existe um vídeo ou um áudio meu falando dessa forma. E eu falei pelo meu estado atlético, minha vida pregressa, tá? Que eu sempre cuidei do meu corpo. Sempre gostei de praticar esporte", continuou.