O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou no sábado (6) que entregará um país melhor a quem sucedê-lo em 2026, ou seja, após um eventual segundo governo dele.
“Pegamos um país quebrado moral, ética e economicamente, mas se Deus quiser nós conseguiremos entregá-lo muito melhor para quem nos suceder em 2026”, disse, em uma festa julina no Clube Naval, em Brasília.
Até agora, Bolsonaro havia indicado o desejo de disputar a reeleição em 2022. Em 20 de junho, ele declarou que, se não houvesse uma boa reforma política, poderia concorrer novamente. “Se não tiver uma boa reforma política e se o povo quiser, estamos aí para continuar mais quatro anos”, disse.
No sábado, o presidente disse ainda que seu governo não tem sido alvo de escândalos de corrupção. “Não temos, graças a Deus, nenhuma acusação de corrupção. Aquilo que parece que estava fadado a fazer parte de nossa história ficou para trás.”
Contudo, seu ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, é investigado pela Polícia Federal sob suspeita de promover um esquema de candidaturas laranjas nas eleições de 2018.
No final de junho, Bolsonaro sinalizou sua candidatura à reeleição em discurso de improviso em Eldorado, cidade onde foi criado, no interior de São Paulo.
Questionado no mesmo dia se pretendia concorrer a um novo mandato, ele disse que descartaria a ideia se fosse aprovada “uma boa reforma política”. Do contrário, estaria à disposição dos eleitores.
“Olha, se tiver uma boa reforma política eu posso até, nesse caldeirão, jogar fora a possibilidade de reeleição. Posso jogar fora isso aí. Agora, se não tiver uma boa reforma política e se o povo quiser, estamos aí para continuar mais quatro anos.”
Nos bastidores, nomes da política já trabalham com a possibilidade de Sérgio Moro ser candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, conforme relatos à Folha de S.Paulo.