22 de Novembro de 2024
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Bolsonaro convida Temer para chefiar missão do Brasil de ajuda ao Líbano

Foto: Eduardo Knapp/Folhapress
Postado em: 09/08/2020

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Ricardo Della Coletta, Folhapress

 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou neste domingo (9) que o avião da FAB (Força Aérea Brasileira) com ajuda humanitária para o Líbano deve partir nos próximos dias, e que convidou o ex-presidente Michel Temer para chefiar uma missão brasileira de ajuda ao país, cuja capital, Beirute, foi parcialmente destruída por uma forte explosão na terça (4).

 

A explosão na zona portuária da cidade matou ao menos 158 pessoas e feriu cerca de 6.000, numa tragédia que desatou uma onda de revolta e protestos no Líbano. Mais de 60 pessoas continuam desaparecidas, enquanto a esperança de encontrar sobreviventes diminui. Além disso, há milhares de desabrigados.

 

"Nesse momento difícil, o Brasil não foge a sua responsabilidade", disse Bolsonaro, que transmitiu nas redes sociais uma conferência de chefes de estado para coordenar o auxílio internacional ao Líbano.

 

Ele revelou o convite feito a Temer ao listar aos participantes da videoconferência a ajuda que seria disponibilizada pelo governo brasileiro.

 

"Convidei como meu enviado especial e chefe dessa missão o senhor o Michel Temer, filho de libaneses e ex-presidente do Brasil", declarou Bolsonaro.

 

Em nota, Temer se disse honrado com o convite. "Quando o ato for publicado no Diário Oficial serão tomadas as medidas necessárias para viabilizar a tarefa", afirmou o ex-presidente no comunicado.

 

A reunião de governantes foi organizada pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pelo presidente da França, Emmanuel Macron, que tem liderado os esforços internacionais de socorro ao Líbano. Entre os participantes, estavam o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, e líderes da Jordânia, Egito e Catar.

 

Bolsonaro destacou que o Brasil é lar da maior diáspora libanesa do mundo - com 10 milhões de brasileiros com origens naquele país - e detalhou a ajuda que será enviada pelo governo.

 

De acordo com ele, o avião militar que deve partir nos próximos dias levará medicamentos e insumos básicos de saúde que estão sendo reunidos pela comunidade de origem libanesa no Brasil.

Na semana passada, ao ligar para o embaixador do Líbano no Brasil, Joseph Sayah, Bolsonaro informou o diplomata que a aeronave tem capacidade para transportar de 20 a 22 toneladas.

O Brasil enviará ainda, segundo disse Bolsonaro neste domingo, 4.000 toneladas de arroz por via marítima, com o objetivo de atenuar a perda de estoques de cereais ocasionada pela explosão no porto de Beirute. "Estamos acertando com o governo libanês o envio de uma equipe técnica multidisciplinar para colaborar na realização da perícia da explosão."

 

"Tudo o que afeta ao Líbano nos afeta como se fosse nosso próprio lar e a nossa própria pátria", finalizou Bolsonaro.

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