Por Gabriel Bitencourt
A preocupação com a integridade desta maravilhosa floresta, guardiã de mais de 50% da biodiversidade do planeta deveria ser de toda e qualquer pessoa. A começar pelos povos da floresta, pelos ambientalistas de todo o mundo, pelos cientistas e, pelos políticos, responsáveis pela elaboração de leis e tratados que podem protege-la ou destruí-la.
Apesar de ocupar apenas 7% da superfície terrestre do planeta, a floresta guarda mais de 50% de sua biodiversidade.
O fato é que o atual momento eleitoral que vivemos no Brasil acabaram por trazer à tona várias manifestações de cunho socioambiental do candidato a presidente eleito. Praticamente todas elas gerando grande preocupação por parte de cientistas e ambientalistas.
A atual situação da Amazônia já inspira muitas preocupações.
O Instituto Socioambiental, ISA, uma organização da sociedade civil, divulgou no dia 23 de outubro deste ano alguns dados que dão a dimensão da gravidade da ameaça que pesa sobre aquele patrimônio da humanidade.
Até outubro deste ano, apenas na bacia do Rio Xingu, foram derrubadas 150 milhões de árvores. Foram destruídos cerca de 100 mil hectares de floresta.
Na região do Xingu, há 21 Terras Indígenas e 10 Unidades de Conservação. Apenas nestas áreas protegidas, foram destruídos 32 mil hectares de floresta.
A origem da destruição se encontra na obtusa pressão pela expansão da fronteira agropecuária, do garimpo, da grilagem de terras e da extração ilegal de madeira.
Além da destruição da floresta, o garimpo ilegal de ouro tem provocado outro grave dano socioambiental, o da contaminação das águas.
A contaminação do rio Curuá que corta Território Indígena, por exemplo, já impossibilita o uso da água para as rotineiras atividades humanas, provocando sérios danos à vida das aldeias de Baú e Kamaú.
Apesar da precariedade das estruturas dos órgãos federais de fiscalização, alguma fiscalização ainda acontece.
No final do mês de agosto, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Federal realizaram a quinta grande operação de fiscalização na região dos últimos quatro anos.
A operação conseguiu desarticular uma grande quantidade de frentes de mineração, porém, em setembro, já se detectaram 28 novas frentes.
É impressionante a velocidade com que se destrói a floresta.
Se a situação é ruim, somando-se às declarações do presidente eleito e às sólidas alianças que fez com o setor ligado ao latifúndio e à mineração, delineia-se um cenário catastrófico de destruição e violência, em especial, contra os indígenas.
Ambientalistas de todo o mundo, estão perplexos!
A ignorância sobre o valor da floresta em pé é tão grande que a ameaça de sua completa destruição, ao se chegar o que os cientistas chamam de “ponto sem volta”, pode estar mais próxima do que imaginamos.
Para saber mais:
Algumas (há muito mais) das posições do presidente eleito que afetam a floresta amazônica e que geram preocupações:
Contra a fiscalização e multas ambientais.
Contra as unidades de conservação.
Fonte: http://bit.ly/2RPNRxN
Sobre acabar com o Ministério do Meio Ambiente.
Fonte: http://bit.ly/2RQo88v
A retirada do Brasil dos pactos internacionais climáticos.
Fonte: http://bit.ly/2AbLXAI
A favor do uso irrestrito de agrotóxicos.
Fonte: http://bit.ly/2pRQItg
Acabar com a demarcação de terras indígenas.
Fonte: http://bit.ly/2IX7boV
Liberar do fracking no Brasil, técnica americana de recuperação de gás do subsolo, altamente criticada pelo impacto ambiental e contaminação da água.
Fonte: http://bit.ly/2CjsCiI
Sobre a floresta Amazônica:
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/biologia/floresta-amazonica.htm
http://ipam.org.br/cartilhas-ipam/a-importancia-das-florestas-em-pe/
https://www.amazonlink.org/biopirataria/
https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/o-problema-da-biopirataria-na-amazonia/
https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/o-problema-da-biopirataria-na-amazonia/