Ana Paula Branco, FOLHAPRESS
Os trabalhadores nascidos em maio e junho que têm direito ao abono salarial já podem resgatar o valor, que varia de R$ 88 a R$ 1.045, de acordo com a quantidade de dias trabalhados durante o ano base 2018.
Tem direito ao benefício o trabalhador inscrito no PIS há pelo menos cinco anos e que tenha trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2018, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos (R$ 2.090).
São mais de 3,5 milhões de trabalhadores nascidos em maio e junho, totalizando R$ 2,6 bilhões a serem resgatados.
Para fazer o saque, os dados devem estar corretamente informados pelo empregador na Rais (Relação Anual de Informações Sociais), ano base 2018.
Quem possui o Cartão do Cidadão e tem senha cadastrada pode se dirigir a uma casa lotérica, a um ponto de atendimento Caixa Aqui ou em um dos terminais de autoatendimento da Caixa para fazer o saque.
Caso não tenha o Cartão do Cidadão e não tenha recebido o abono automaticamente na sua conta da Caixa, o trabalhador pode sacar o valor em qualquer agência da Caixa, apresentando o documento de identificação oficial com foto.
O valor do benefício pode ser consultado no Aplicativo CAIXA Trabalhador, no site www.caixa.gov.br/PIS ou pelo telefone 0800-7260207.
O trabalhador com vínculo a empresa pública possui inscrição Pasep e recebe o pagamento pelo Banco do Brasil.
O Banco do Brasil informa que realizou, em 16 de março de 2020, o pagamento do abono salarial Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) para 265.424 trabalhadores com final de inscrição 08 e 09, totalizando R$ 252.235.751,63, que possuem conta-corrente ou poupança no BB.
Desde a última quinta (19) estão disponíveis os pagamentos para os demais trabalhadores. Mais de 580 mil trabalhadores em todo o país estão aptos a receber o abono, em um total de R$ 570 milhões.
Esses pagamentos se referem ao atual exercício e não estão incluídos nas medidas divulgadas pelo Governo Federal na última semana.
Fique de olho no prazo O abono pode ser retirado até o dia 30 de junho de 2020. Quem não fizer o saque no prazo pode perder o benefício, que será encaminhado para o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), fonte usada para pagamento de benefícios como o abono e o seguro-desemprego.
Em 2019, mais de 2 milhões de pessoas não procuraram as agências bancárias para sacar o dinheiro, de acordo com o Ministério do Trabalho. Isso significa que mais de R$ 1,3 bilhão retornou ao FAT.
O trabalhador que perdeu o prazo para sacar o benefício deverá buscar orientações em uma das unidades de atendimento da Secretaria de Trabalho ou entrar em contato com Central de Atendimento 158 para saber como deve proceder para tentar reaver o valor.